Chega um tempo em que o homem entende,
Que, por mais feliz que seja, ainda é carente,
De um sorriso bril e de um olhar ardente,
Que encante muito, mais e continuamente.
Chega um tempo em que o homem percebe,
Que não são os amigos que lhe engrandecem,
Que não é o trabalho que lhe enriquece,
Mas é o amor amado que lhe prevalece.
E esse tempo, caro amigo, chega sem avisar,
Não pede licença, nem vem a cumprimentar,
É arredio, forasteiro, extremamente delicado.
Chega assim, faceiramente e inesperado,
Inexplicável, incompreensível e indecifrável,
E ainda assim, a mim, apresenta-se irrecusável.
segunda-feira, 15 de março de 2010
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