segunda-feira, 15 de março de 2010

Soneto do Tempo de Amar.

Chega um tempo em que o homem entende,
Que, por mais feliz que seja, ainda é carente,
De um sorriso bril e de um olhar ardente,
Que encante muito, mais e continuamente.

Chega um tempo em que o homem percebe,
Que não são os amigos que lhe engrandecem,
Que não é o trabalho que lhe enriquece,
Mas é o amor amado que lhe prevalece.

E esse tempo, caro amigo, chega sem avisar,
Não pede licença, nem vem a cumprimentar,
É arredio, forasteiro, extremamente delicado.

Chega assim, faceiramente e inesperado,
Inexplicável, incompreensível e indecifrável,
E ainda assim, a mim, apresenta-se irrecusável.